sábado, 7 de abril de 2012

Alguns tropeços...

A vida às vezes nos prega algumas peças. Parecia tudo transcorrer normalmente depois de uma separação que a mim não me agradou nada após treze anos de casamento, embora tenha sido uma separação amigável. Meu filho se envolveu com uma mulher e com ela passou a conviver, mesmo tendo um apartamento onde morava. Depois de um certo tempo afastou-se dela e se envolveu com uma outra que conhecera atavés de contatos pela internet. Foi morar com ela em Valinhos e depois em São José dos Campos.
Nesse intervalo ele passou a enfrentar problemas quase diários de trânsito nas estradas e ter muitos atrasos no serviço em que trabalhava. A pior consequência poderia ser a que teve.
Foi desligado da empresa, embora esta lhe pagasse todos os direitos que ele tinha.
Para ele isso foi um golpe. Contando já 47 anos de idade, estava difícil conseguir um novo emprego.
Daí começaram também os atritos com a mulher com a qual estava vivendo, culminando com a separação no início de abril de 2011. Veio para a minha casa, mas era de se notar que lhe faltava chão para pisar. Passava os dias inquieto e se notava que sentia a separação, embora procurasse disfarçar.
Os dois filhos se cotizaram e deram para ele uma viagem aos Estados Unidos, coisa que o deixou alegre e no dia 19 de agosto de 2011 ele tomaria o avião para lá. Iria com o filho mais velho em sua companhia.
Fatalidade. Na manhã do dia 19 ele não dava resposta aos chamados na porta do quarto. Tive de quebrar a porta e... encontrá-lo morto, de joelhos ao lado da cama. Um aneurisma de aorta tinha sido a causa mortis. Foi um choque daqueles. Com 48 anos se foi, deixando em nós saudade e tristeza.
Eu não posso dizer que fui para ele um pai exemplar, pois a preocupação do trabalho sempre me judiou. Eu sempre tive um problema de saúde que me acompanhou ao longo dos anos, praticamente desde a infância. Por incrível que pareça hoje eu sei que tive hipertensão desde a mais tenra idade e por falta de maiores conhecimentos lá no meio do mato, na roça, não havia como tratar.
E assim é a nossa vida. Tropeça aqui, levanta lá para tropeçar de novo.... e vamos indo...
Felizmente os netos já estão formados e não dependem mais do pai. O mais velho é deseiner gráfico. Trabalha em agência de publicidade. É esse da foto à esquerda. Vai fazer 26 anos.
O outro, que vai fazer 24 anos, também trabalha em aviação. Viaja pelo mundo a fora, a trabalho. Já é piloto, ainda não comercial, e quer pilotar logo um A380. Diz que para o fim do ano já vai ser co-piloto. Ele trabalha na TAM.
Quando tinha 17 anos foi fazer um daqueles estágios de inglês lá e resolveu dar uma volta de avião para conhecer a cidade. No bate-papo com o piloto, este ficou sabendo que ele era craque em simulador de voo pelo computador. só fez perguntar se ele tinha coragem de descer o aviãozinho, o que ele topou no ato e fez a aterrizagem sem erro. (eu acho ainda que esse piloto era meio doido). Aqui estão 2 fotos dele. Uma naquela época e outra mais recente, fantasiado de piloto.
Abaixo vou colocar também uma foto do Cessna que ele teve a pachorra de ir com mais 3 colegas comprar em Los Angeles, nos EUA.
E com essas eu vou pensando um pouco pra frente, curtindo as peripécias dos meus netos, principalmente do mmais novo. Que nesta semana passada passou-a em Toulouse, na França num seminário sobre o lançamento do avião A380, da Air Bus.
No fim do ano passado ele esteve em Miami, trabalhando na alta temporada de turismo. Causa um pouco de preocupação, mas é uma coisa que ele gosta de fazer. E ainda para completar arranjou uma namorada e se matriculou num curso de marketing da GV. Um desses cursos on line e que ele diz que quer levar a sério. A gente espera que leve mesmo.Esses são os momentos em que a gente acha que vale a pena viver, mesmo que a vida seja , como é, um tanto difícil.

Nenhum comentário:

Pandemia e pandemônio

Já faz um tempino que não coloco nada no meu blog. Preciso dar uma arualizada nele. Mas agora eu fico até "aperriado" devido a ...