domingo, 7 de junho de 2015

Tardes monótonas

Lembro-me daquelas tardes monótonas do final de semana, lá no início dos anos 50.
Não tinha o que fazer, a menos que pensar que na semana tinha de trabalhar, fosse na enxada, na foice, no machado. Fosse no sítio do meu pai ou fosse no sítio de algum vizinho, eu tinha de trabalhar.
Geralmente o sítio do meu pai não tinha muita coisa, pois ele dava conta do recado. Ele levantava cedinho e já ia para a roça. Pelas nove horas poderia alguém chegar e vê-lo com a roupa enxarcada de suor de cima em baixo. Às vezes ele tirava o leite das vacas antes de ir para a roça, mas na maioria das vezes era minha mãe quem o fazia.
Falar em tirar o leite, lembro-me de dois cachorros que ele tinha. Eram dois vira-latas, mas faziam todos os dias uma coisa que não faço idéia de como aprenderam.
Meu pai chegava na porteira do curral e o gado, umas vinte a vinte e cinco cabeças, estava lá no alto da colina. Ele dava um grito: "oooooooou!" ou dava um assobio e os dois cachorros subiam a colina correndo, davam uma volta en torno do gado e depois desciam latindo contente e o gado correndo atrás deles até o curral. Então meu pai separava os bezerros para que não mamassem mais para retirada do leite no dia seguinte. Esse era um ritual diário.
Em quase todos os serviços na vizinhança, meu irmão era o meu companheiro. Eu só não entendi nunca porque pagavam para ele menos que para mim só porque ele era mais novo. Trabalhava igual a mim e era esforçado.
Enfim eu só queria dizer que os finais de semana eram muito monótonos ali naqueles ermos.

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