quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Um barranco e uma sombra

 Levanto-me cedo, faço a minha higiene pessoal e vou preparar o café.
Depois de tomar o café eu vou para uma entradinha no computador para ver as novidades que lá estão, no Facebook e nos e-mails.
Daí então vou para a outra etapa. Limpar o quintal e dar uma irrigada nas plantas, pois do contrário, o sol as esturrica.
Se tem alguma coisa para comprar no mercado, procuro ir na parte da manhã. Quando é no sábado eu dou uma chegada até a feira, que é bem perto de casa, para comprar algumas verduras e alguns legumes para a semana.
Vou até a banca do pastel e compro os pastéis que vão seer o nosso almoço.
E nessa lenga-lenga vou passando os dias, até quando vier a ordem de parada.
Há momentos em que fico meio encucado com algo que se passa comigo e penso que o fim da minha estrada está próximo. Há momentos em que me sinto um tanto fragilizado.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Ainda a caminhar...

A gente vai indo, a caminhar já trôpego, pelo fim da estrada. Sinto isso toda tarde, quando tenho de ir até uma panificadora que fica no topo da colina, ali perto da passarela, a primeira depois que cruza a Via Dutra com A Fernão Dias.
Eu moro na baixada e há uns duzentos metros de subida para eu vencer. Quando chego lá no alto, mesmo andando no meu passo lento, quase não consigo respirar normalmente.
Mas não é nada não. Agradeço a Deus pela possibilidade que ele me dá de ainda poder ir até lá e comprar o meu pãozinho. Agradeço a Ele por toda a vida que eu vivi, mesmo com muita  dificuldade.
Eu agradeço pelo pai que tive, que mesmo analfabeto, era um homem de bem. Não gostava de prejudicar quem quer que fosse e nos orientava, a nós filhos, nesse sentido. Minha mãe também tinha pouca cultura mas tinha bons sentimentos e sempre procurou nos incutir uma vida decente.
Agradeço pela ajuda que tive de um primo de minha mãe, que me incentivou sair lá do meio do mato e vir para São Paulo, onde com muita dificuldade consegui chegar até onde hoje estou.
Não sei até quando Deus me deixará viver, mas espero não dar muito trabalho neste fim de percurso. Tenho muitos amigos e espero não ter inimigos.
Qualque dia eu escrevo mais um pedacinho.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Pela estrada longa da vida

A gente vai caminhando.
Enquanto Deus permitir, vou a viver nos meus momentos de calma ou atropelos, de acordo com os acontecimentos.
A minha estrada já conta quase 83 anos de percurso. O meu coração já está meio cansado. Nesses dias atrá fiz um Holter de 24 horas e constatou-se que nesse período ele deu quatro paradinhas de alguns segundos. Creio que ele faz isso para dar uma descansadinha.
Mas isso não é nada. Chegará um momento em que ele dirá: "Agora vou parar de vez. Já chega! Trabalhei demais".
Eu vejo com certo ceticismo a política que administra o nosso país. Nunca vi tanto ladrão reunido. Tanta gente que a se pensava honesta se revela surripiador do erário público. Basta ter oportunidade e se não a perde.
Agradeço ao Pai por tudo que E.le me deu. Desde meu primeiro dia de vida, meus pais, meus irmãos, meus amigos durante todos esses anos.
No dia em que Ele quiser me levar, espero partir tranquilo, e, espero não deixar nenhum ressentimento com quem quer que seja.
Eu agradeço ao Pai pela esposa que tive e que já me acompanha há 59 anos, que não foram em um mar de rosas. Agradeço pelo filho que infelizmente perdi e pela filha que ainda tenho e mora comigo.
Ah! agradeço também ao Pai, não poderia me esquecer, os dois netos, dos quais eu gosto muito e aos quais desejo todo o progresso que seja possível.
Espero não ter nenhum inimigo, pois, não considero ninguém como tal.
E a todos que ficam desejo um futuro melhor. Desejo que nosso País consiga se livrar dessa corja que se apossou do seu governo e sugou tanto que o empobreceu da maneira triste em que ele está.
Desejo a todos uma vida melhor.

Pandemia e pandemônio

Já faz um tempino que não coloco nada no meu blog. Preciso dar uma arualizada nele. Mas agora eu fico até "aperriado" devido a ...