quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Ainda a caminhar...

A gente vai indo, a caminhar já trôpego, pelo fim da estrada. Sinto isso toda tarde, quando tenho de ir até uma panificadora que fica no topo da colina, ali perto da passarela, a primeira depois que cruza a Via Dutra com A Fernão Dias.
Eu moro na baixada e há uns duzentos metros de subida para eu vencer. Quando chego lá no alto, mesmo andando no meu passo lento, quase não consigo respirar normalmente.
Mas não é nada não. Agradeço a Deus pela possibilidade que ele me dá de ainda poder ir até lá e comprar o meu pãozinho. Agradeço a Ele por toda a vida que eu vivi, mesmo com muita  dificuldade.
Eu agradeço pelo pai que tive, que mesmo analfabeto, era um homem de bem. Não gostava de prejudicar quem quer que fosse e nos orientava, a nós filhos, nesse sentido. Minha mãe também tinha pouca cultura mas tinha bons sentimentos e sempre procurou nos incutir uma vida decente.
Agradeço pela ajuda que tive de um primo de minha mãe, que me incentivou sair lá do meio do mato e vir para São Paulo, onde com muita dificuldade consegui chegar até onde hoje estou.
Não sei até quando Deus me deixará viver, mas espero não dar muito trabalho neste fim de percurso. Tenho muitos amigos e espero não ter inimigos.
Qualque dia eu escrevo mais um pedacinho.

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