A
caminhar pela estrada da existência – já próximo de chegar ao fim – damos uma
parada e nos encostamos de um lado para ver a paisagem. Procuramos nos abrigar
do sol escaldante à sombra de uma árvore. Mas... cadê a árvore? Deram-lhe um
fim.
Como tantas outras,
foram destruidas todas. O ser inconsequente chamado homem está a escalpelar a
terra para satisfazer a sua ganância e não repõe aquilo que dela rouba. Sim. Rouba.
Pois a natureza não é propriedade sua. Sómente de Deus, que a criou.
E vejo, até onde os
olhos enxergam, no limite do horizonte, o resultado dessa maldade. Onde havia
florestas hoje há solo degradado. Aqui e ali uma pequenina mancha de verde como
que a gritar por socorro, a pedir que não sejam extintas.
Que triste – mesmo macabra
– visão é essa. O desespero me toma a alma e um grito de angústia parte da
minha garganta como se alguém me quisesse estrangular e percorre os vales sem
encontrar eco. Pois não há eco e todos estão surdos aos gritos da sensatez.
Será que ainda vai
ter salvação?
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