sábado, 12 de maio de 2012

O sentimento que mata

Copiado do “Almanaque do Pensamento 2012

A resposta à pergunta: o que põe fim à vida? Pode parecer surpreendente. Um corpo crescente de evidências, produzido por pesquisadores de vanguarda, sugere que a própria vida pode levar à falência do corpo! Especificamente, emoções negativas não resolvidas – nossas mágoas – têm o poder de criar as condições físicas que conhecemos como doenças cardiovasculares: tensão, inflamação, pressão alta e obstrução das artérias. Essa relação corpo-mente foi documentada recentemente num estudo decisivo realizado na Duke University sob coordenação de James Blumenthal. Ele identificou experiências prolongadas de medo, frustração, ansiedade e desilusão como exemplo de emoções negativas exacerbadas que são destrutivas para o nosso coração e põem em risco a nossa vida. Cada uma delas faz parte de um guarda-chuva maior que identificamos normalmente como “sofrimento”.
Outros estudos dão suporte a essa relação. O terapeuta Tim Laurence, fundador do Hoffman Institute, na Inglaterra, descreve o impacto potencial do nosso fracasso para curar e perdoar o que ele chama de “velhas feridas e decepções”.
No mínimo, diz Laurence, “ele o afasta da boa saúde”. Ele comprova esta afirmação, citando inúmeros estudos que mostram, como o de Blumenthal, que condições físicas de raiva e tensão podem levar a problemas que incluem pressão alta, dores de cabeça, baixa imunidade, problemas estomacais e finalmente ataques cardíacos.
O estudo de Blumenthal mostrou que ensinar as pessoas a “moderar” sua resposta emocional às situações da vida pode impedir ataques cardíacos. É esse exatamente o ponto de cura do nosso sofrimento! As forças não físicas das coisas que nos fazem sofrer criam efeitos que literalmente têm o poder de nos prejudicar – ou mesmo de levar-nos à morte.
Obviamente esse estudo, ao lado de outros não está sugerindo que ter emoções negativas breves seja ruim ou doentio. Quando temos esses sentimentos, eles são indicadores – medidores pessoais – que nos dizem que aconteceu algo que pede a nossa tenção e cura. Somente quando ignoramos  essas emoções e elas persistem durante meses, anos ou toda uma vida sem solução, é que podem se tornar um problema.
A resposta à pergunta: “porque morremos?” poderia ser que, devido à dor dos desencantos da vida,  nos nos lesamos a ponto de morrer? Comentando essa possibilidade, o estudo de Blumenthal sugere: “Quando as pessoas falam em morrer de tristeza, talvez elas estejam realmente dizendo que reações emocionais intensas à perda e a desilusão podem causar um ataque cardíaco fatal”. Na linguagem do seu tempo, as antigas tradições sugerem precisamente essa possibilidade.

- Extraído de Segredos de um modo antigo de resar,
de Gregg Braden, ed. Cultrix

Para confirmar o assunto acima, coloco a seguir cópia de detalhe do laudo necroscópico do meu filho que, infelizmente, faleceu em circunstâncias idênticas às relatadas. Para visualizar, acione a foto com o mouse.



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