sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A constatar a solidariedade

Nesta última quarta-feira (09/02/2011) eu fui fazer uma tomografia em Mogi das Cruzes, um dos exames da série a que estou sendo submetido para comprovação de um câncer de próstata que foi constatado por biópsia no mês passado. Saí de minha casa bem cedo, precisava estar lá antes das 9:30h, em jejum.
Fiquei na sala de espera até umas 11:00h, tendo somente tomado água com um medicamento de preparação. A essa hora fui chamado para a tomografia, onde ainda me aplicaram o iodo para contraste na veia. Feita a tomografia, saí e fui até um bar das imediações e lá tomei um copo não cheio de café com leite e comi um pãozinho com queijo. Em seguida tomei um ônibus para ir até a estação de trens, onde tomei um por volta das 12:15.
Tudo bem (para mim parecia estar). Entretanto, no caminho, com o balanço do trem e a passagem da paisagem, meus olhos começaram a embaralhar. Eu tentava resistir mas os sentidos queriam me fugir.
De repente o trem abriu as portas na estação Calmon Viana e eu me vi segurado pelos dois braços e sendo tirado para fora do vagão, e então me sentaram num banco da plataforma. Eu havia desmaiado e estava com dois seguranças da estação me dando apoio e mais uma mulher, também da segurança se esforçou para fazer contato com minha esposa, o que eu pedi fizesse com cuidado para não assustá-la devido a problemas que ela também tem.
Ali eu fui bem assistido por esses três funcionários da companhiia ferroviária e, quando já em casa, comuniquei-me com a empresa agradecendo aos mesmos pelo atendimento que me fora dado.
Saí do trem e fui para o Metrô, da estação Tatuapé à Penha, para tomar o ônibus que me levaria até minha casa.
Estava no ponto do ônibus e tudo começou a embaralhar de novo. Precisei me encostar a um pilar da estação para não cair e, por duas vezes eu cheguei a me ajoelhar no chão a prever um tombo que poderia me machucar.
Uma mulher que estava um pouco mais atrás na fila percebeu a minha situação e foi até um barzinho que fica na plataforma e me trouxe uma cadeira e uma outra que estava na minha frente foi também até lá e me trouxe uma garrafa dágua. Realmente eu estava seco de sede apesar de ter tomado um litro dágua antes de fazer a tomografia. Agradeci às duas mulheres ao tomar o ônibus e, ao descer, a camaradagem do motorista por me esperar pacientemente a descida no ponto da minha casa.
A melhor constatação: ainda há gente solidária neste mundo tão confuso.

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