terça-feira, 1 de junho de 2010

Uma manhã de setembro

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Com a chegada desta onda fria neste fim de maio e início de junho veio-me à lembrança uma manhã lá nos idos de 1953. Somente que lá era uma manhã de setembro. Amanheceu um frio daqueles. A gente olhava para a relva ao nível do chão e via tudo branco como se estivesse tudo coberto com flocozinhos de algodão.

Para minha não alegria, verifiquei que as vacas haviam fugido do pasto e derrubado a cerca da divisa do sítio e passado para o sítio do vizinho. E lá vou eu correr pelos matos cobertos de geada para recolhê-las.

Aquela vegetação alta de onde havia no ano anterior uma plantação de milho batia na altura do peito e quando eu passava esfacelava aqueles flocos de gelo e a minha roupa em poucos minutos se tornou encharcada de água gelada.

Depois de correr uma meia hora e conseguir levar as vacas para o lugar devido, eu parei. “Tremia como vara verde” – o que até hoje eu não sei o porque dessa expressão. Não sei se vara verde alguma vez treme. Mas o fato é que eu tremia que parecia até doer o corpo de frio. Eta setembro danado! Nunca passei frio como naquela manhã.

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